As comunidades rurais judaicas em Portugal, foram de inquestionável valor cultural e financeiro e, contribuíram de forma activa para o desenvolvimento do país. A partir dos finais do século XV, as perseguições, condenações e conversões forçadas destruiriam esta comunidade. No entanto, muitos dos que então foram apelidados de “cristãos-novos” continuaram, no secretismo do lar, a honrar a sua religião e a transmitir, oralmente, as orações resistindo à assimilação.
As Comunidades rurais Judaicas em Portugal
A presença de comunidades judaicas organizadas na Europa está referenciada em documentos do período Romano. Durante a primeira dinastia exercem cargos públicos apesar da faceta cristã do reino. Sendo revelador desta tolerância o caso de Yahia Ben Yahia no reinado de Afonso Henriques.
Massacre de 1506
Em Portugal como na Europa de Leste Central, há referências a massacres de Judeus (pogroms). Como o massacre de Lisboa de 1506, onde centenas de judeus foram assassinados.
Com a introdução da Inquisição, os Reis Católicos de Espanha impuseram condições ao casamento do Rei D. Manuel com Maria de Castela. Isto levou à perseguição com confissões obtidas sob tortura para aqueles que fossem descobertos a professar em segredo.
Foram perseguidos os descendentes Pedro Nunes, as ossadas de Garcia da Orta, exumadas, queimadas em auto-de-fé na Índia. Manuel Dias Soeiro (Menasseh ben Israel) e os pais de Baruch Espinoza, fugiram para a Europa do norte e Turquia.
Este êxodo judaico, fez desaparecer de Portugal uma relevante comunidade de banqueiros. Desta expulsão beneficiaram os que acolheram os judeus portugueses enriquecendo países como a Holanda ou a região da Flandres.
Os Judeus da Beira interior
Aqueles que ficaram em Portugal, sobretudo a comunidade de Marranos que, exerciam o seu culto secretamente. Com o tempo, estas comunidades foram-se dissolvendo principalmente nos centros urbanos. No interior deu-se o contrário: a assimilação nas populações locais e, outras, fechavam-se mais sobre si próprias.
Nestas comunidades as mulheres tiveram um papel importantíssimo na transmissão do seu culto mantendo a Herança Judaica. Daqui nasce uma curiosa alteração de papéis face ao judaísmo tradicional. As comunidades remanescentes ficaram restritas à Beira Interior, vivendo numa aparente conformidade com os cristãos.
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